quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Alegria de ser “Pãe”

Tenho 2 filhas, de 2 relacionamentos diferentes, com diferença de 10 anos entre elas, e desde quando a mais velha era pequena, uns 5 anos talvez, tive muita vontade de que ela morasse comigo, pois sentia uma enorme necessidade de me colocar a prova, de como me sairia cuidando sozinho de uma criança, mas não consegui pois na época, pensava que trabalhar muito era sinal de que seria próspero, o que se mostrou um grande engano, e assim fiquei com esta vontade adormecida.
Vale dizer, que sempre fui um pai presente na criação das meninas e troquei muita fralda, dava banhos, massageava nas cólicas e adorava passear com o carrinho de bebê, e era um excelente “motorista”
Neste outro relacionamento, me dediquei mais ainda e até os 4 anos de idade fui eu que dei praticamente todos os banhos, penteava os longos cabelos, dava almoço levava e trazia da escola e brinquei muito de Barbie, Bob, casinha, adoleta, pular corda e muitas outras brincadeiras e pra tudo era chamado. Pai, faz cambalhota comigo (Ah, isto eu também fiz muito com a mais velha), me leva pra andar a cavalo, passear e muito mais.
E aí, veio de novo a separação. E lá ia eu enfrentar toda aquela tristeza de novo de sair de casa, ficar longe da família, que tinha se desfeito, mas que sentia falta, e principalmente, ficar de novo longe da filha. E tome toda a dor novamente, mas desta vez eu estava mais escolado e já não era mais workhoolic e assim participei mais da vida das meninas, até que comecei a conversar com a menor, com idade entre 10 pra 11 anos, dela vir morar comigo, mas é claro que houve o papo com a mãe antes, que concordou desde que a filhota aceitasse também, e aí, eu pertubei muito, e confesso que até exagerei, oferecendo presentes para que a decisão dela fosse favorável e aceitasse minha proposta (em algumas ocasiões eu ouvi – pai se eu for é porque quis e não porque você está tentando me comprar. Aí, ter que ouvir isto da nossa filha, é de lascar).
Até que finalmente ela se decidiu e disse que iria fazer uma experiência de 1 mês, não iria trocar de escola e nem nada e se eu aceitasse estas condições, então viria.
É claro que aceitei na hora, já pensando em como prolongar esta estada e no final das contas, ela ficou todo aquele período de aula relativo ao 2º. semestre de 2010, uns 4 mêses.
Viajei na maionese, como se fala no popular e cá veio ela com todas as recomendações da mãe, para não fazer isto, aquilo e para fazer outras cositas mas, mas veio e eu me senti, na Terra do Nunca. Sonho se realizando. Parecia até o Peter Pan voando.
Mas a barra foi difícil no começo, pois ela tinha alguns hábitos que batiam de frente com os meus e eu, com os meus, que batiam de frente com os dela. Este início foi barra, mas aprendi que quem tinha a sabedoria era eu, o adulto era eu, e assim teria de ser eu a mudar o jogo, mas de uma forma sem traumas. Não foi totalmente, mas funcionou e infelizmente ela voltou para a casa da mãe ao fim do período escolar, quando me vi novamente solitário e sem mais nenhuma obrigação e com o tempo todo para mim. Desmontei na 1ª. semana, mas depois me reergui e voltei a rotina de um solteirão. Mas muiitttooo feliz, pois tinha realizado meu sonho.
Passados um ano, quando nos firmamos no nosso entendimento / relacionamento, eis que ouço uma frase assim. – “Pai, tô pensando em morar com você de novo no ano que vem, pode ser ?”
Não preciso dizer que me senti sonhando novamente e como que para não acordar, falei baixinho e bem manso – “claro, vou adorar”, e aí quando janeiro deste ano chegou, o sonho se realizou e estamos debaixo do mesmo teto desde fevereiro e olha que desta vez, de uma maneira bem mais tranqüila, com transferência de escola, de cursos e tudo o mais. Também, ela está mais madura, pois vai fazer 13 anos este mês e tem sido minha grande companheira, mas não deixei de estabelecer os limites e cobrando responsabilidades com suas obrigações.
Hoje dividimos parte da tarefa de casa, quando a faxineira não vem, e passei a acordar as 6 horas da matinha pra fazer o café e preparar o lanche da escola e me despedir no elevador com um “ Deus te acompanhe e te abençoe – tenha um excelente dia”, e logo depois ganho o premio esperado, um beijo de despedida.
Por acordar agora cedo, voltei a fazer natação e olha que estou me sentindo o perfeito Marc Spitz e com um disposição para encarar o dia, que não via há muito tempo.
Toda a semana, saimos os 3, a nossa família para jantar todos juntos
E assim estamos vivendo e convivendo juntos, com as nossas diferenças, mas em harmonia e debaixo da paz do nosso Senhor Jesus.
A última novidade, é que ela está freqüentando o culto dos jovens e agora quer se batizar. Glória a Deus. Obrigado Senhor por este grande presente, de ser pai de 2 filhas maravilhosa. Fui abençoado por ti.
Assim, por todos este motivos, a minha escolha de ser “Pãe” é muito bom.
Homens experimentem ! Tudo vai mudar em suas vidas.
Mulheres permitam que os pais possam desfrutar desta benção.

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